Esta carta não vai ser apenas para uma pessoa, pois já à algum tempo que não vejo grande parte dos meus amigos. E estando tão habituada a estar com eles todos os dias durante imenso tempo e agora ver-me fechada dentro de quatro paredes sem ver nenhum deles é uma diferença enorme e só não nos vemos à duas semanas mas a mim parecem-me anos. Há outra pessoa de quem tenho ainda mais, muitas mais, incomparavelmente mais saudades, mas a essa vou escrever uma carta daqui a dois dias por isso não quero falar dela agora.
Mas digamos que foi uma grande mudança, estava habituada a fazer tudo com os meus amigos e de repente vejo-me sem nenhum deles (fisicamente) e ainda para piorar há sempre os que estão de férias e por isso é difícil de nos contactar-mos. O que vale é que existem sempre aniversários pelo meio e lá vou conseguindo convencer o meu pai a deixar-me sair e ir matar saudades mas nem sempre é fácil, são as desvantagens de não viver na cidade, assim podia sair sempre nem que fosse meia hora por dia e podia levar pessoas a casa, assim é muito mais difícil.
No entanto apesar das saudades serem imensas, já estive pior, já senti muito mais saudade, mas não era dos meus amigos e é uma saudade diferente, é aquela saudade em que tu vês a pessoa todos os dias, estás a uma curta distancia de cinco metros dela, tudo se passa com ela a teu lado mas não lhe podes tocar, não lhe podes se quer falar, essa é das saudades que mais doem! Felizmente já não sofro disso, isso já é uma página virada no livro da minha vida.
Agora apenas me restam as enormes saudades dos meus amigos e as daquelas pessoas que infelizmente nunca mais vou poder ver (em vida pelo menos). Mas de uma coisa tenho a certeza, se tenho saudades é porque essas pessoas são importantes e merecem!
Amo-vos meus amigos!
Com amor e saudades,
Joana Morgado
(*escolhido por Miguel Sousa)
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